(Última atualização em 17 Setembro, 2020)
Kirsty Weston, de 29 anos, de Herfordshire, em Inglaterra, usou uma tinta de cabelo de 5 euros, comprada na rua principal, para aclarar os seus cabelos escuros.
O objetivo era tingir o cabelo e descolorá-lo, para ficar completamente branco, lembrando a crina de um unicórnio – uma tendência bastante popular também em Portugal.
Contudo, Kirsty ficou seis semanas no hospital, depois de sofrer graves queimaduras químicas e ficar parcialmente calva.
No total, desde o incidente, a mãe fez seis operações, que aconteceram no hospital de St. Andrews, em Chelmsford.
Kirsty afirmou que aplicou a tinta de acordo com as instruções. Contudo, momentos antes de levar o cabelo para tirar o produto, diz ter começado a sentir uma sensação de queimadura.
Apesar de se ter apressado a retirar a tinta, a mulher sentiu uma dor muito forte na cabeça e, no dia seguinte, o seu rosto começou a inchar.
Semanas depois, a equipa médica rapou o seu cabelo, a fim de submetê-la a uma cirurgia de emergência para tentar curar as queimaduras.
A verdade é que Kirsty perdeu mais de metade dos cabelos e foi-lhe dito que nunca mais voltará a crescer, pois já não tem folículos capilares.
Kirsty, em declarações a um jornal local, disse que “queria um cabelo unicórnio, com uma base branca e depois alguns fios de cabelo em cores diferentes”.
“Nunca pensei que isto acabaria por destruir o meu cabelo e mudaria a minha vida (…) isto causou muita dor e perdi a minha autoconfiança”, revela.
Embora a sua mãe, Helen, de 57 anos, seja cabeleireira, Kirsty preferiu aplicar ela mesma a tinta, o que lhe permitiria controlar o resultado final.
A mulher explicou que “dentro de 15 minutos, o meu cabelo estava literalmente a deitar fumo (…) a dor era tão terrível que comecei a sentir-me tonta, como se fosse desmaiar”.
“Fui imediatamente lavar a cabeça, mas naquela altura já tinha entrado no meu couro cabeludo”, continua.
“No dia seguinte, metade da minha cara começou a inchar, como uma reação ao produto (…) não conseguia abrir o olho esquerdo”, conta.
Kirsty foi ao hospital e foi tratada como se uma reação alérgica se tratasse, sendo medicada com antibióticos prescritos.
Contudo, durante as semanas seguintes, ela continuou a sentir bastante dor e desconforto.
“Um cirurgião plástico veio ver-me e quando levantou o meu cabelo, a maior parte do meu couro cabeludo veio com ele”, relembra.
Desta forma, Kirsty foi transferida para o Hospital Royal Free, em Londres e, no dia seguinte, foi operada.
Para tratamento posterior, e já após a cirurgia, Kirsty foi novamente transferida para o Centro St. Andrews, onde realizou uma cirurgia plástica.
Cinco operações depois, os médicos removeram parte da pele da perna para substituir a pele da cabeça que havia perdido.
Como a pele não contém os mesmos folículos capilares, Kirsty teve de enfrentar o fato de que provavelmente nunca mais terá cabelo naquela zona. Enquanto a mulher pondera as suas opções, a Fundação Katie Piper financiará uma peruca feita sob medida, para que ela possa cobrir as queimaduras.
“Deve estar pronto em setembro e acho que vai transformar completamente a minha vida (…) ficarei muito mais confiante”, afirma.
“Quero ver se consigo viver com uma peruca (…) se me habituar e me sentir feliz, talvez possa evitar uma nova cirurgia”, admite.
Agora, Kirsty aconselha a não colorir os cabelos em casa e para deixar isso ao encargo de um profissional.
“Estava a tentar poupar algum dinheiro, mas correu mal”, diz.